Vacinas


quinta-feira janeiro 28, 2010

As vacinas são um recurso valioso para a saúde em todas as idades. Elas ajudam a amenizar ou mesmo evitar diversas doenças.

Atualmente, existem 4 tipos de vacinas: (1) vacina de vírus vivos atenuados (exemplo: vacina contra catapora e MMR); (2) vacina de vírus ou bactérias inativados; (3) vacinas contendo toxinas produzidas pela bactéria: as vacinas contra tétano e difteria são vacinas de toxinas; e (4) vacinas biossintéticas (exemplo: vacina contra HIB).


A maioria das vacinas deve ser aplicada antes do bebê completar o segundo ano de vida. Como surgem novas vacinas a cada dia, o ideal é acompanhar as campanhas e conversar com o pediatra sobre o calendário de vacinação.


Em todo caso, a tabela abaixo oferece uma boa visão geral das vacinas mais comuns na infância:








































Recém nascido



  • 1ª dose da vacina BCG
  • 1ª dose da vacina contra Hepatite B

 1 mês



  • 2ª dose da vacina contra Hepatite B

 2 meses



  • 1ª dose da vacina contra Poliomielite (“Gotinha”)
  • 1ª dose da vacina Tríplice DPT (contra difteria, tétano e coqueluche)
  • 1ª dose da vacina contra Hemófilo

 4 meses



  • 2ª dose da vacina contra Poliomielite
  • 2ª dose da vacina Tríplice DPT
  • 2ª dose da vacina contra Hemófilo

 6 meses



  • 3ª dose da vacina contra Poliomielite
  • 3ª dose da vacina Tríplice DPT
  • 3ª dose da vacina contra Hemófilo
  • 3ª dose de vacina contra Hepatite B

 12 meses



  • Dose única da vacina contra catapora
  • 1ª dose da vacina contra Hepatite A

 13 meses



  • 2ª dose da vacina contra Hepatite A

 15 meses



  • 1ª dose da vacina MMR (tríplice viral contra sarampo, rubéola e caxumba)

 18 meses



  • Dose de reforço da vacina Tríplice DPT
  • Dose de reforço da vacina contra Poliomielite
  • 3ª dose da vacina contra Hepatite A

 3 a 6 anos



  • Dose de reforço da vacina Tríplice DPT
  • Dose de reforço da vacina MMR (entre 4-6 anos)
  • Dose de reforço da vacina contra Poliomielite

 6 anos



  • Dose de reforço da BCG

 10 a 12 anos



  • Dose de reforço da vacina MMR

Os esquemas de imunização podem variar de acordo com situações especiais. Por exemplo, crianças com asma, fibrose cística, anemia falciforme, HIV ou diabetes devem ser vacinadas contra gripe anualmente – ainda que a vacina contra gripe não faça parte do calendário vacinal da infância.


Vacinas contra Hepatite A costumam ser indicadas para crianças que viajam ao exterior e para os membros de uma família ou creche onde haja pessoas infectadas. E daí em diante.


Descubra agora um pouco mais sobre estas e outras vacinas:


A Gotinha


A “gotinha” é a forma oral da vacina contra Poliomielite. A Poliomielite, também chamada Pólio, é uma doença viral gravíssima capaz de deixar seqüelas incapacitantes ou mesmo causar a morte da criança.


A vacina oral para Pólio em geral é administrada aos 2 meses, 4 meses, 6 meses e 4 anos de idade. A proteção é superior a 90%.


Se o bebê fez muita pirraça na hora, cuspiu ou vomitou e você não tem certeza se ele engoliu direitinho a vacina, insista para que ele receba uma nova dose.


BCG


A BCG é a vacina que evita a Tuberculose. Ela possui uma eficácia protetora superior a 80%. O Ministério da Saúde no Brasil recomenda que a primeira dose de BCG seja aplicada a partir do primeiro mês de vida ou durante o primeiro ano de vida. A dose de reforço é administrada após os 10 anos de idade.


Na maioria das pessoas, a vacina deixa uma pequena cicatriz plana no local da aplicação.


Vacina Tríplice DPT


A vacina tríplice DPT protege o bebê contra Difteria, Tétano e Coqueluche (também chamada Pertussis).


A Difteria é uma doença respiratória que pode causar problemas pulmonares graves, insuficiência cardíaca, paralisia e até mesmo morte.  O Tétano também é uma doença grave e quase sempre letal.  A Coqueluche caracteriza-se por acessos de tosse violentos que podem se repetir por várias semanas. A doença pode evoluir para pneumonia, convulsões e até mesmo morte


O esquema da tríplice DPT consiste em 5 aplicações, que em geral são feitas aos 2 meses, 4 meses, 6 meses, 15 meses e 4 anos de idade. Esta vacina costuma causar efeitos colaterais leves, tais como febre, perda do apetite, fraqueza, vermelhidão e dor no local da injeção. Boa parte destes efeitos decorrem do componente Pertussis da vacina. Felizmente, complicações mais graves são raras e algumas crianças não sofrem qualquer efeito colateral.


A aplicação da vacina DPT pode ser adiada se a criança estiver muito doente (atenção: resfriados e gripes não impedem a criança de ser vacinada) e naquelas com epilepsia ou outros transtornos convulsivos (estes casos, indica-se uma dose da vacina sem o componente Pertussis).


A vacina DPT também deve ser adiada se, 2-7 dias após a aplicação anterior da vacina, a criança tiver apresentado convulsões, reações alérgicas, dificuldade para respirar ou febre acima de 40 graus.


Vacina MMR


A vacina tipo MMR protege o bebê contra três doenças causadas por vírus: Sarampo (do inglês measles), Caxumba (do inglês mumps) e Rubéola. A proteção é superior a 90% e, no caso da Caxumba e da Robéola dura toda a vida. A proteção contra Sarampo dura 10-15 anos.


O Sarampo pode resultar em infecções de ouvido, pneumonia e morte. A Caxumba se caracteriza por febre, dores de cabeça e aumento do tamanho das glândulas parótidas, localizadas do lado do rosto, próximas aos ouvidos. A caxumba é uma doença potencialmente fatal. Em meninos e homens, ela pode afetar os testículos e resultar em infertilidade.


Finalmente, a importância da vacinação contra Rubéola está na proteção da geração seguinte, uma vez que, em mulheres grávidas, a rubéola pode causar defeitos congênitos graves ou mesmo a morte do bebê.


As aplicações de MMR são feitas em duas doses: a primeira aos 12-15 meses, e a segunda entre os 4-6 anos de idade. Os principais efeitos colaterais da vacina incluem febre, erupções na pele (exantemas) e dores articulares. A erupção na pele em geral desaparece sozinha.


As aplicações de MMR podem ser adiadas nas seguintes situações:



  1. Se a criança estiver muito doente. Atenção: resfriados e gripes não impedem a criança de ser vacinada.
  2. A vacina não deve ser aplicada em crianças com alergia a ovos, gelatina ou neomicina (um antibiótico bastante comum).
  3. Também não deve ser aplicada em crianças que receberam gama-globulina nos últimos 3 meses e naquelas com problemas imunológicos relacionados a câncer, leucemia  ou linfoma.
  4. Crianças em uso de prednisona, corticosteróides, drogas imunossupressoras, quimioterapia ou radioterapia também não devem tomar MMR. 

Vacina Contra Hemófilo (HIB)


A bactéria Haemophilus influenzae tipo B (HIB) pode causar pneumonia, meningite, edema na garganta, infecção no ouvido e outras infecções sérias. Todos estes distúrbios são mais comuns em crianças com menos de 5 anos de idade.


As vacinas contra HIB devem ser administradas aos 2 meses, 4 meses e 6 meses de idade. Uma dose de reforço deve ser dada entre os 12 e 15 meses. Em geral, os efeitos colaterais são pequenos, tais como vermelhidão e dor no local da vacina.


A aplicação da vacina HIB pode ser adiada caso a criança se encontre muito doente ou tenha apresentado reações alérgicas à mesma vacina em aplicações anteriores.


Vacina contra Hepatite B


A Hepatite B é uma doença viral que pode provocar insuficiência hepática, doença hepática crônica, cirrose ou mesmo câncer de fígado. A vacina contra hepatite B surgiu em 1982 e oferece uma proteção de 85-95% por cerca de 7-9 anos.


O esquema vacinal consiste em 3 doses: a primeira pode ser dada logo após o nascimento. Se a mãe for portadora do vírus da hepatite B, a vacina deve ser administrada ainda nas primeiras 12h de vida. Se a mãe não for portadora do vírus, a primeira dose pode ser administrada na primeira visita ao pediatra. A segunda dose é dada 1-2 meses após a primeira, e a terceira dose é dada 6 meses depois.


A vacina contra Hepatite B pode ser administrada durante as campanhas de imunização, junto com outras vacinas. Os Efeitos colaterais são raros. Algumas crianças podem apresentar febre baixa, vermelhidão e inchaço no local da vacina. As contraindicações para vacina contra Hepatite B são as mesmas citadas para vacina contra hemófilo. 


Vacina contra Pneumococos


A vacina pneumocócica conjugada protege contra infecções causadas por uma bactéria chamada pneumococcus. Os Pneumococos podem causar pneumonia, meningite e infecções de ouvido. A proteção dura cerca de 3 anos e o esquema vacinal consiste em 4 doses, dadas aos 2 meses, 4 meses, 6 meses e entre os 12-15 meses de idade. Após a aplicação, febre, vermelhidão, dor e inchaço no local da vacina são comuns.


A vacina antipneumocócica conjugada está indicada para crianças entre 2-5 anos de idade que sejam portadoras de anemia falciforme, HIV/AIDS, diabetes ou câncer.  


Crianças com problemas no baço ou que tiveram o baço retirado cirurgicamente, e aquelas em uso de corticóides ou quimioterapia também devem receber doses de reforço da vacina.


As contraindicações para vacina antipneumocócica são as mesmas citadas para vacina contra hemófilo.


Vacina contra Catapora


A vacina contra catapora deve ser administrada entre os 12 e 18 meses de idade. Crianças mais velhas que ainda não tiveram catapora também podem ser vacinadas.


Reações graves são extremamente raras. Vermelhidão e dor no local da vacina são as reações comuns. Febre, fadiga e erupções na pele (parecendo catapora) também podem ocorrer. A erupção pode surgir até 1 mês após a injeção, dura alguns dias e desaparece sozinha, sem necessidade de qualquer tratamento.


A vacina contra catapora pode ser adiada caso a criança se encontre muito doente; apresente alergia a gelatina ou ao antibiótico neomicina; possua problemas imunológicos relacionados ao câncer, leucemia ou linfoma; estiver tomando prednisona, corticosteróides, drogas imunossupressoras, sob quimioterapia ou radioterapia; ou tiver recebido gama-globulina nos últimos 3 meses.