Saiba mais sobre o Alzheimer


terça-feira outubro 19, 2010

O dia mundial do Alzheimer foi comemorado no último dia 14 de setembro, mas a doença que afeta cada vez mais pessoas ao redor do mundo, ainda gera muitas dúvidas. Os principais sintomas do portador de Alzheimer são os repentinos esquecimentos, lapsos, desorientação espacial e dificuldades em realizar tarefas simples.

Esta ainda é uma doença de causa desconhecida e sem cura, mas se detectada com bastante antecedência, os sintomas podem ser tratados, para adiar a fase terminal do Alzheimer. Neurologistas do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, alertam para a doença, de causa desconhecida, que atinge 5 % da população com mais de 65 anos. Após os 80, a prevalência da doença é de 15%. No Brasil, estima-se que 700 mil pessoas sofrem com o mal.

\”Quanto mais cedo o mal de Alzheimer for identificado, mais tempo o paciente manterá suas funções cognitivas preservadas\”, afirmou o neurologista Ricardo Nitrini, também coordenador do Ceredic ¿ Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos do HC.

Com o prolongamento da vida o brasileiro, é natural que o número de casos tenha aumentado. Nestes casos, é sempre indicado uma orientação profissional e acompanhamento de casos parecidos, para uma preparação psicológica da família para aceitar as fases seguintes do desenvolvimento da doença. Nos estágios mais avançados, o portador do mal não reconhece os familiares e nem os amigos. Com o tempo, perde a identidade e torna-se dependente.

A assistência deve obedecer cada fase da evolução do processo demencial para melhoria dos sintomas, disse Nitrini, uma vez que não há tratamento capaz de impedir ou curar a doença.

Nas fases iniciais e intermediárias predominam-se as técnicas de reabilitação, as táticas de readaptação e os psicofármacos. Na fase avançada, o tratamento é voltado a comorbidades, comuns em pacientes com afecções crônicas debilitantes e aos cuidados de enfermagem.

Como qualquer doença degenerativa, o Alzheimer influencia no emocional de toda a família, que precisa estar pronta para dar toda a assistência ao portador. Mas é importante ficar atento aos sintomas, para poder prolongar ao máximo o tempo de convivência com este familiar.

Com informações do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo