Profissionais da saúde lutam para ampliar doação sangüínea
sexta-feira junho 27, 2008
Doar sangue é rápido, simples e seguro E, ao contrário do que muitos imaginam, não é sinônimo de que o sangue vai engrossar ou afinar, e a pessoa vai engordar ou emagrecer. No entanto, ainda são necessárias muitas campanhas para desmitificar e incentivar este gesto. No Brasil, uma das entidades responsáveis pela coleta é a Fundação Pró-Sangue, na capital paulista. O local, segundo Aline Monteiro, chefe da Divisão Médica Transfusional, conta com 45% de doadores de repetição e 30% de doadores esporádicos.
A doação de repetição é aquela em que o indivíduo doa seu sangue sem querer saber a quem ele se destina. A vinculada (de reposição) é particular, personalizada, para repor a quantidade de sangue que foi utilizada por parente ou amigo internado.
Aline declara que os homens podem doar até quatro vezes por ano, com intervalo de 60 dias. E as mulheres podem fazer doações três vezes ao ano, com um intervalo de 90. “As mulheres perdem ferro durante a menstruação e a gravidez”, esclarece. Após a doação, o sangue coletado é submetido a uma dosagem sorológica, durante a qual são investigados se há evidência clínica ou laboratorial para doença de Chagas, sífilis, hepatite B e C, HTLV e HIV.
O tempo de doação, de acordo com Aline, não é maior do que dez minutos. Por isso, a médica faz uma apelação para a população. “É preciso que as pessoas sintam-se sensibilizadas e ajudem a normalizar os estoques de sangue. A Fundação Pró-Sangue atende 130 hospitais. Não queremos de forma alguma que os paciente deixem de ser internados ou fazer cirurgias por falta de sangue”, salienta.
Requisitos
Entre os requisitos para doação de sangue, é preciso ter entre 18 a 65 anos, estar em boas condições de saúde – para isso é feito um teste de anemia e funções vitais, como temperatura, pressão e pulso. Pesar, no mínimo, 50 Kg. Estar descansado e alimentado – quatro horas antes da doação e evitar alimentação gordurosa. O doador deve apresentar um documento original.
O candidato à doação informa seus dados e recebe um código que o acompanha durante todo o processo de doação. No teste de anemia, retira-se uma gota de sangue do dedo. Portadores de anemia não podem doar sangue. São verificados os batimentos cardíacos, a pressão arterial e o peso do candidato. Depois, o candidato responde a uma entrevista confidencial, com o objetivo de avaliar se a doação pode trazer riscos. Após a entrevista, o doador segue para coleta e, depois, ganha um lanche.