Postura anti-fumo de pais pode proteger filhos
quarta-feira junho 6, 2012
Existem estudos que mostram que filhos de pais que mantém posturas anti-fumo dentro de casa têm probabilidades menores de começarem a fumar. O monitoramento dos pais e o diálogo protege adolescentes contra o vício.
À medida que os jovens ficam mais velhos, essa proteção pode perder força. Para avaliar como a família pode continuar a proteger os adolescentes do cigarro, cientistas do Cincinnati Children’s Hospital Medical Center (EUA) estudaram 3.473 pais de filhos não fumantes. Os participantes foram acompanhados de 1999 a 2001 (tempo1) e de 2002 a 2003 (tempo 2). O objetivo era observar se os jovens começariam a fumar dentro do período do estudo e também analisar mudanças nos fatores familiares. As famílias analisadas eram de origem branca, negra ou hispânica.
Entre os tempos 1 e 2 houve uma diminuição significativa dos níveis de proteção que os fatores familiares exerciam sobre os adolescentes não fumantes e os que começaram a fumar. Porém, esses fatores mostraram serem mais fortes entre os jovens que não fumavam. Níveis mais altos de conectividade entre pais e filhos e monitoramento em brancos e hispânicos diminuíam as chances de os jovens iniciarem o hábito em 30%.
Alguns fatores familiares que foram associados à diminuição da proteção paterna foram: punição (aumento de 43% dos riscos em todos os grupos étnicos), monitoramento (aumento de 42% em negros) e conectividade (aumento de até 26% de riscos em negros e hispânicos).
A Dra. Melinda Mahabee-Gittens, autora da pesquisa, explica que “mesmo que os níveis de fatores familiares protetivos diminuíram à medida que os jovens ficavam mais velhos, eles continuaram sendo importantes na proteção contra a iniciação ao fumo”.
A pesquisa foi apresentada na reunião anual da Pediatric Academic Societies no dia 2 de maio