Novo exame para o câncer de próstata, mais confiável, mostra-se promissor
terça-feira fevereiro 26, 2008
Um novo exame urinário para a detecção do câncer de próstata mostra-se mais confiável que o teste do PSA (antígeno específico da próstata), largamente utilizado, além de ser realizado mais facilmente e rapidamente.
Desenvolvido pelo Dr. Mark Stearns e cols, do Medical College of Pennsylvania-Hahnemann University in Philadelphia, brevemente será utilizado em estudos clínicos maiores. Caso ele se mostre tão útil e preciso quanto nos estudos menores realizados por, pode surgir no mercado em cerca de 1 ano.
O exame utiliza uma técnica denominada tecnologia do arranjo genético do DNA para pesquisar uma proteína chamada PSTF-1 na urina. Os pesquisadores encontraram a proteína no tecido do câncer de próstata e na urina dos pacientes com a doença. Essa proteína não foi encontrada em pacientes com hiperplasia benigna da próstata – um aumento de volume dessa glândula – e sem câncer.
Eles suspeitaram de que ela era uma evidência de uma falha cromossômica, um evento relacionado ao desenvolvimento do câncer, e poderia ser um marcador exclusivo do câncer de próstata ou, em termos técnicos, um fator de transcrição. Até agora, o estudo de um grupo de pacientes relativamente pequeno parece confirmar essas propriedades.
Eles acreditam que o teste do PSTF-1 não será apenas o que Stearns chamou de novo “padrão-ouro” no diagnóstico, mas também será útil para monitorar o crescimento do câncer de próstata quando os médicos decidem que o câncer está num estágio precoce, de baixo grau e que a melhor abordagem é observar se ou quando será necessário um tratamento mais agressivo.
O teste de PSA apenas sugere a existência do câncer de próstata e pode apresentar o chamado falso-negativo, ou seja, não detectar o câncer. Em cerca de metade dos pacientes, de acordo com Stearns, o teste de PSA apresenta um resultado falso-positivo, isto é, ele é sugestivo de câncer de próstata quando não existe doença. O exame de toque retal, tradicionalmente realizado, é mais confiável. Atualmente, no entanto, a confirmação diagnóstica é baseada na biópsia – remoção de tecido para o exame do patologista.
O teste do PSTF-1, segundo Stearns, aponta corretamente em 90% dos casos se o paciente tem ou não o câncer de próstata. Além de apresentar boa sensibilidade e especificidade, diz, é não invasivo e não requer amostras de sangue ou tecido, passando ainda a ser barato após a colocação no mercado. Ele acredita que exames semelhantes podem ser desenvolvidos para a detecção do câncer de bexiga e rins