Insônia tem custo médico e financeiro elevado, calculam médicos canadenses


terça-feira janeiro 6, 2009

Volume total dos prejuízos pode chegar a 1% do PIB, segundo estudo.
Faltas ao trabalho e baixa produtividade decorrem da perda de sono.

Dificuldades para começar e manter o sono podem acontecer eventualmente. Porém, quando se tornam freqüentes, passam a ser um problema de saúde. Perda de produtividade, faltas ao trabalho e uso de álcool e remédios para dormir afetam a economia pessoal e do país.

Pesquisadores canadenses estudaram o efeito econômico da insônia e seus custos diretos e indiretos. Segundo os especialistas, o volume total de custos pode chegar a 1% do PIB. Em 2002, os gastos gerados com a falta de sono foram 6,5 bilhões de dólares canadenses na província de Quebec.


A produtividade no trabalho é o fator mais importante na conta das perdas geradas pela insônia. As pessoas que tem problemas para dormir podem perder, em produtividade, o equivalente a 28 dias por ano. Alem da perda de produtividade, muitos não conseguem cumprir seus compromissos profissionais e faltam em média 5 dias por ano por causa dos problemas para dormir.


Na tentativa de conseguir, frequentemente o álcool é uma das armas que os insones tentam. O custo estimado dessa estratégia, segundo a pesquisa canadense, pode chegar a mais de 300 milhões de dólares por ano. Além desse custo o tratamento médico dos problemas com o sono e os medicamentos prescritos pelos médicos levam algo em torno de 100 milhões de dólares/ano.


A insônia fica caracterizada, segundo os critérios usados na pesquisa, quando alguém tem dificuldades para dormir ou manter o sono mais de três vezes por semana pelo menos por um mês. A pesquisa canadense está publicada na edição de janeiro da revista “Sleep”, da Associação de Sociedades do Sono.