Conjuntivite não deve ser menosprezada; ouça especialista

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, porção transparente que circunda o olho. As mais comuns são a alérgica, bacteriana e por vírus. Este problema não deve ser considerado algo banal, pois, em alguns casos, pode ocasionar redução permanente da visão, dependendo do tipo e se não for tratado.

As informações são Dácio Costa, médico oftalmologista do Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Segundo o médico, a conjuntivite alérgica deixa o olho avermelhado e com coceira. Ela não é transmissível e pode ser tratada com o uso de colírio. Pessoas que sofrem com asma, rinite e bronquite também costumam ter este tipo de problema e devem evitar ambientes e fatores que possam causar alergias.

Costa diz que a conjuntivite bacteriana, causada por bactérias, provoca secreção amarelada e espessa e é bastante contagiosa. “É mais comum em crianças e deve ser tratada com colírio e antibiótico”, explica o médico.

De acordo com o especialista, a conjuntivite causada por vírus quase sempre atinge os dois olhos, começa em um e vai para o outro, e dura em média duas semanas. Ela é altamente contagiosa e a transmissão se dá pelas mãos.

“As pessoas que têm conjuntivite viral, mais comum nos meses de inverno, devem evitar pôr as mãos nos olhos e depois cumprimentar pessoas, pegar em objetos. Devem ter separados em casa objetos para si, roupas de cama, roupa de banho, talheres e copos, para diminuir o contágio”, alerta o médico.

Em alguns casos, os pacientes podem ter melhora espontânea, mas também o problema pode complicar-se e evoluir para a diminuição grave de visão. “É muito importante fazer a avaliação, porque muitas pessoas acham que a conjuntivite melhora sozinha e não é bem assim”, declara.

O oftalmologista conta que as crianças que freqüentam colégios e creches são os indivíduos mais propensos a ter conjuntivite, assim como quem trabalha diretamente com o público em ambientes fechados, climatizados e com pouca circulação de ar.