Câncer de pele tem maior incidência em mulheres


segunda-feira março 3, 2008

Falta de uso de filtro solar e pouca informação sobre danos na pele são alguns dos motivos do aumento de casos da doença 
A Unesp, campus Presidente Prudente, região oeste do estado de São Paulo, acaba de concluir dados importantes sobre causas do surgimento de câncer de pele. Foi feita uma pesquisa e constatou-se que a população local se protege pouco ou quase nada dos raios ultravioleta.

Em São Paulo, e no resto do país, a tendência é de aumento de casos. Os cuidados e proteção servem para qualquer tipo de pele, da mais alva até a negra. Toda pele precisa de proteção. As pessoas se esquecem que precisam reaplicar o filtro depois de várias horas de exposição.


O risco de cataratas, câncer de pele e outras doenças cresce muito nessas condições. Segundo a mestra em geografia e climatologia médica, e responsável pela pesquisa para o mestrado, Angela Cristina Silva, São Paulo está no ranking, “Em comparação com a região sul do Brasil, que sempre foi líder, o estado de São Paulo superou os piores índices de incidência de raios UV, os que mais causam danos”.


A posição geográfica também contribui, além dos buracos na camada de ozônio. Os lugares próximos da linha do Equador são os que mais sofrem com a incidência de raios UV, os estados do sul do Brasil, Presidente Prudente, e São Paulo, são alguns exemplos.
 
Alerta


Há índices extremos de raios ultravioleta (RUV) em Presidente Prudente. Em uma escala de 0 a 16, a média do índice UV, tanto em condições de céu claro quanto na presença de nuvens, ficou acima de 8 durante nove meses do ano. No inverno, a média foi 4,6, sendo, no verão, 9,8, com picos de 14,9.


A cada 1.000 metros de altitude acima do nível do mar, aumentam de 6 a 8% os índices de radiação. Na Bolívia, a população está ficando gradativamente cega, em compensação, as doenças transmitidas pela água quase não existem. A radiação solar mata quase todos os micróbios e parasitas.


O público feminino e os idosos de 60 a 70 anos são os mais atingidos. As mulheres correm mais risco de contrair o melanoma maligno, o tipo de câncer mais agressivo, pois expõem mais o corpo que os homens. Na pesquisa feita por Angela, 60% dos entrevistados alegaram não saberem o que é radiação solar UV, e muitos deles alegaram que não usam filtro solar porque acham o produto muito caro.
 
Nesse caso, o uso de chapéus e de roupas para proteção da pele, também ajudam na prevenção, apesar do uso de filtro solar ser obrigatório.


O câncer de pele merece campanhas de conscientização tanto quanto a dengue, ou a Aids, diante de alertas como esse. Se o melanoma não for descoberto há tempo, pode matar, como também o carcinoma basocelular, um tipo de câncer de pele que não mata, mas, deixa lesões irreversíveis na pele.