Brincadeira retarda progressão da doença de Alzheimer
quarta-feira junho 18, 2008
O que para as crianças é apenas diversão, para os portadores de Alzheimer é esperança de manter o contato com o mundo e com seu próprio passado. Brincadeiras infantis como quebra-cabeça e jogo da memória são algumas das ferramentas para estimular a mente de quem sofre da doença.
“Hoje, o portador de Alzheimer é um idoso, e geralmente ele tem como cuidador também um idoso. Essas são consideradas atividades para criança, mas na verdade são práticas de estimulação cerebral, independentemente da idade”, diz Vera Caovilla, presidente da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).
A doença de Alzheimer é degenerativa e irreversível, caracterizada pela concentração de placas de proteína beta-amilóide no cérebro, que mata células cerebrais. O problema atinge principalmente a população idosa.
Neste mês, a regional São Paulo da Abraz inicia o curso “É preciso conhecer para conviver”, voltado para cuidadores e familiares. Entre os temas estão o tratamento não-medicamentoso –incluindo atividades para trabalhar as funções cognitivas–, direitos legais do portador e noções de nutrição e enfermagem. Tudo em linguagem bastante acessível.
“Perguntam: o que posso fazer, se a doença não tem cura? Pode-se fazer muito”, ressalta Vera. “Quando a doença está no início, há perda de memória. Mas, se incentivamos o paciente –por exemplo, ouvindo o tipo de música que a pessoa gosta–, há uma resposta. O ideal é procurar aquilo que ele gostava antes de ter a doença.” Outro exemplo é resgatar os fatos do passado por meio de fotografias.
Curso “É preciso conhecer para conviver”
Quando: dois módulos, em 20 de junho e 4 de julho
Onde: av. Brigadeiro L. Antonio, 2050, sobreloja
Quanto: R$ 100 por módulo (valor inclui material didático e lanche). 50 vagas.
Informações: 0/xx/11 5539-0974 e www.abrazsp.org.br