Brasil reduz índices de tuberculose


sexta-feira setembro 11, 2009

Entre os anos de 1999 e 2008, o número de pessoas infectadas com tuberculose caiu 27,5% no Brasil. Durante este período, o índice de contaminação diminuiu de 51,44 casos por 100 mil habitantes, em 1999, para 37,12, em 2008. A redução do número de pobres, beneficiados pelos programas sociais do governo, e também pelo aumento do salário mínimo, está entre os motivos desta melhora.


“Estes números mostram que além das ações do governo, o envolvimento dos profissionais de saúde que trabalham juntamente com este paciente, seja na prevenção ou no tratamento, possui um papel fundamental nesta cadeia que tenta há muitos anos erradicar esta grave doença”, afirma o enfermeiro e tutor do Portal Educação, Alisson Daniel.


Mesmo com os números favoráveis, o Brasil ainda registrou 70.379 casos de tuberculose no ano passado, contra 82.934 em 1999. O estado mais atingido pela doença é o Amazonas, com 68,93 tuberculosos para cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar fica o Rio de Janeiro, com 66,56, e em seguida o Pernambuco, 47,69 e o Ceará, 42,60. Na capital fluminense, o índice chega a 90 por 100 mil.


No Rio de Janeiro, a doença está concentrada nas favelas em razão do alto índice de pobreza e excesso de pessoas vivendo juntas no mesmo ambiente. Um dos locais que chama bastante atenção é a Favela da Rocinha, onde a contaminação é maior. Por mais que tenham sido registrados declínios nos últimos anos, caindo de 600 casos por 100 mil para 300 por 100 mil habitantes, o número ainda é elevado.


Outro ponto preocupante é a infecção de tuberculose em pacientes com Aids, sendo que a taxa de mortalidade, no Brasil, para quem tem a doença e pega tuberculose é de 20%, e para os que só sofrem de tuberculose é de 5%.


Muitos pacientes abandonam o tratamento para a tuberculose, vindo a óbito. Agora, há uma novidade que deve começar a ser implantada nos próximos meses com o objetivo de ajudar na adesão dos pacientes ao tratamento. É um medicamento chamado de 4 em 1, que em única dose reúne quatro remédios usados contra a doença. Este medicamento vai começar a ser importado da Índia e, dentro de dois anos, está previsto que ele comece a ser fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz.