Adolescentes usam métodos errados para emagrecer


quinta-feira agosto 30, 2012

Pesquisadores da Temple University, nos Estados Unidos, afirmam que adolescentes que estão no ensino médio podem tentar emagrecer com maus hábitos, como fumar. Na análise, foram usados os dados de aproximadamente 44 mil jovens, cujos registros se encontram no banco de dados Philadelphia Youth Risk Behavioral Survey.

Com esses dados em mãos, os autores do estudo dividiram os adolescentes em diferentes tipos de comportamentos de saúde, tais como: fumo, quantidade diária de atividades físicas, consumo diário de refrigerante e horas diárias jogando videogames. Dentro desses jovens, a maioria declarou tentar perder peso – aproximadamente 75%. No entanto, esse mesmo grupo relatou tabagismo.

Muitas moças que estavam tentando perder peso disseram realizar pelo menos 60 minutos de atividades físicas por dia. Entretanto, os dados dessas adolescentes mostraram alto consumo de refrigerante – normal, não diet. Já a maioria dos rapazes disseram que não praticam atividades físicas e confessaram jogar mais do que três horas de videogame por dia.

Para os pesquisadores, isso pode acontecer por falta de informação dos próprios adolescentes. As garotas que se exercitam, por exemplo, podem não saber que um copo de refrigerante pode invalidar 30 minutos de caminhada. Por isso, os pais e médicos devem ficar atentos, uma vez que são os responsáveis por dar as informações de hábitos corretos.

Adolescentes que acreditam estar acima do peso sofrem de baixa-estima

Uma pesquisa feita pelo instituto Robert Koch, revelou o quanto é destrutiva a imposição da mídia pelo corpo perfeito. O resultado de toda essa cobrança na auto-estima de jovens e adolescentes concluiu que sentir-se acima do peso é mais danoso do que realmente ser e estar de bem com o espelho. A psicóloga e instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística, Walkyria Coelho explica que a auto-estima, com uma definição bem simples, está relacionada com a autocredibilização. Ou seja, é a forma como você se valoriza. Sem ela, é nítido como as pessoas passam a menosprezar situações que antes lhe causavam alegria, alerta.

O estudo contou com a participação de quase 7 mil jovens com idades entre 11 e 17 anos que foram pesados e se auto classificaram como gordo demais ou magro demais, além de responderem um teste sobre seu cotidiano. Destes, apenas 18% realmente estavam acima do peso, porém, quase 55% das garotas e 36% dos rapazes se consideravam muito gordo (a).

O estudo foi classificado por Bärbel-Maria Kurth e Ute Ellert no artigo que escreveram para a revista Deutsches Ärzteblatt International, como um retrato distorcido da realidade, o grande causador de diversos distúrbios alimentares.

Esse sentimento negativo faz com que os adolescentes mudem todo o seu estilo de vida, sendo muito prejudicial para relacionamentos de qualquer natureza. As especialistas ressaltam que não querem minimizar os efeitos da obesidade na saúde física. Porém, é fundamental que esses jovens sejam orientados e conscientizados sobre a real condição física que possuem.

Para Walkyria Coelho, apesar de ser difícil se reerguer desse abismo em que a própria pessoa se coloca, algumas dicas podem fazer toda a diferença:

– Ao passar na frente de um espelho, repare também em seus pontos fortes. É natural sermos críticos, pois estamos treinados a nos desvalorizar. Faça o contrário então: procure as características que mais chamam atenção em você.
– O próximo passo é encarar a vida com menos seriedade. Isso não significa perder o foco dos seus objetivos, mas sim pensar nos aspectos positivos de experiências difíceis.
– Pode acreditar, nem tudo gira em torno de pensamento positivo, apenas. É importante focar o pensamento nas atitudes que farão você atingir sua meta. Neste caso, mais específico, se quer emagrecer, por exemplo, não pense eu não quero engordar. Pensando desta forma, automaticamente você cria uma imagem gorda de si própria. Que tal pensar eu vou ficar magra e correr atrás do peso ideal?