Infartados têm medo de terem relações sexuais, aponta pesquisa


quinta-feira maio 27, 2010

A maioria das pessoas que já sofreram um ataque cardíaco costuma evitar relações sexuais com medo de que possam morrer por problemas cardíacos durante o ato, segundo pesquisadores da Fundação Britânica do Coração (FBC). Entretanto, de acordo com os especialistas, as chances de esses pacientes morrerem durante o sexo seriam “muito pequenas”, sendo seguro e saudável, para pessoas que sofreram infarto, voltar a ter relações sexuais assim que forem capazes de fazer atividades físicas moderadas.


 


Consultando 1,7 mil vítimas de infarto, um mês e um ano após o evento cardíaco, os pesquisadores notaram que, muitas vezes, essa tendência de evitar o sexo pode ser reflexo da falha de alguns médicos na tarefa de falar com esses pacientes sobre o assunto. Os resultados mostraram que aqueles cujo médico havia falado sobre sexo após o infarto eram mais propensos a voltar a ter relações sexuais. Entretanto, menos de 40% dos homens e 20% das mulheres tiveram essa conversa com um especialista.


 


“A maioria das vítimas de ataques cardíacos são sexualmente ativas, mas, na maioria das vezes, os médicos não estão discutindo esse tópico com seus pacientes após o infarto”, destacou a pesquisadora Stacy Lindau. “Algumas pessoas têm medo de ter relações sexuais após um infarto considerando que o esforço pode causar outro (infarto), mas isso é extremamente improvável. Você pode uma vida sexual saudável e feliz, mesmo se tiver uma condição cardíaca”, acrescentou a enfermeira Cathy Ross, da FBC.