Dor do Crescimento


quarta-feira fevereiro 3, 2010

É bastante comum encontrar crianças por volta dos 3-5 anos de idade queixando-se de dores nas pernas ou nos braços – as famosas “dores de crescimento”. Estima-se que cerca de 1 de cada 3 crianças irá apresentar pelo menos um período de dores de crescimento ao longo de sua vida.


O problema afeta igualmente meninos e meninas, sendo mais freqüente nas pernas e à noite. Em alguns casos, podem ser intensas o suficiente a ponto de acordar a criança.


O que causa?


Os músculos e os ossos crescem em ritmos diferentes. Nos períodos de crescimento mais rápido, as dores podem de tornar mais freqüentes e intensas devido à falta de sincronia entre a musculatura e os ossos. Estes estirões de crescimento costumam ocorrer entre 3-5 e 8-12 anos de idade.


Vale à pena lembrar que as dores de crescimento são mais comuns em crianças mais ativas. Muitos especialistas acreditam que estar dores possam estar relacionadas, na verdade, a processos de regeneração muscular ou dor por traumas repetidos sobre as articulações durante as brincadeiras típicas da infância.


Quais são os sintomas?


De um modo geral, as dores de crescimento são leves e não duram muito. Elas são mais comuns nos músculos, não nas articulações. A criança pode se queixas de dor na parte de trás do joelho, na frente da coxa ou nas panturrilhas.


O local afetado não deve estar inchado ou avermelhado: as dores de crescimento não causam alterações visíveis. A presença de vermelhidão sugere a presença de um outro problema, como erisipela ou artrite, por exemplo.


Algumas manifestações também podem sugerir que as dores não estão relacionadas ao processo de crescimento, justificando uma visita ao Pediatra o mais rápido possível. Dentre estes sintomas, destacam-se:




  • Febre, vermelhidão e inchaço em uma ou mais articulações.
  • Dor persistente ou dor no período da manhã.
  • Dor associada a um determinado machucado.
  • Dificuldade para andar (p.ex.: a criança anda mancando).
  • Cansaço e fraqueza muscular (p.ex.: a criança não consegue mais chutar uma bola com a mesma força de antes).
  • Perda de apetite.
  • Aparecimento de comportamentos pouco habituais.

Como lidar com o problema?


É importante manter a criança ativa, encorajando-a a seguir com suas atividades físicas de sempre. Não diga à criança que a dor está relacionada ao crescimento ou à atividade física, pois esta informação poderá gerar um medo exagerado de ambos.


Aplicar compressas geladas por 10 minutos, fazer alongamento leves e limitar a atividade física 1-2h antes do horário de ir para a cama são medidas que podem ajudar a diminuir os sintomas. Analgésicos também podem ser utilizados, mas nunca sem orientação médica.