Labirintite


terça-feira abril 15, 2008

É preciso ficar atento antes de dizer “eu tenho labirintite”. Para fazer esta afirmação é necessário ter recebido um diagnóstico preciso de um médico confiável. Ao contrário do que muita gente pensa, não basta apresentar tonturas para se auto declarar uma pessoa com labirintite. Segundo a otorrinolaringologista Karina Lunz, ” mais de 40 % dos adultos relatam ter apresentado tonteira em alguma época da vida, nem por isso podem dizer que tiveram labirintite”.


A tonteira não pode servir como referência para a labirintite principalmente porque muitas outras enfermidades apresentam o mesmo sintoma, como hipertensão arterial e doenças neurológicas. 



 Um outro mito que gira em torno da labirintite é a questão de ter ou não cura. Muitas pessoas dizem que a doença é incurável, afirmação que também é inverídica. 
 
Se o paciente procurar um especialista e tomar medicamento com orientação, um bom tratamento vai ser indicado e ele poderá levar uma vida normal.


Não existem medicamentos específicos para a labirintite, então além dos remédios que devem ser tomados para alívio das tonteiras, “é preciso tomar alguns cuidados com alimentação e praticar exercícios fisioterápicos específicos para o labirinto” afirma a médica. O labirinto faz parte do sistema de equilíbrio das pessoas.


O principal sintoma da labirintite é a tonteira que pode vir repentinamente e durar alguns segundos, minutos, horas ou dias. Geralmente vem acompanhada de sintomas como as náuseas, vômitos, sudorese e palidez. Pode se apresentar em crises periódicas com intervalos variáveis ou se tornar crônica. Por haver relação íntima entre o labirinto e o sistema auditivo, o paciente com labirintite pode apresentar diminuição da audição em um dos ouvidos ou em ambos, dificuldade de entender o que as pessoas dizem, zumbidos ou sensação de pressão.


E se você tem ou conhece alguém que apresenta esses sintomas, procure um médico, porque os pacientes com labirintite precisam de muitos cuidados. “O paciente que tem labirintite necessita de grande atenção, pois existe uma insegurança muito grande, ansiedade e depressão que costuma associar-se a medo de cair ou medo de sair sozinha, gerando um grande impacto na qualidade de vida do paciente”.


Alguns cuidados que melhoram a qualidade de vida do paciente com labirintite :


• Evite ficar mais do que três horas, durante o dia, sem ingerir algum alimento.


• Evite o uso de açúcar refinado, mascavo, cristal ou mel. Use adoçantes e dietéticos, se necessários.


• Aumente a ingestão de água. Beba de quatro a seis copos de água por dia.


• Evite chá-mate e café.


• Evite sucos de frutas industrializados.


• Evite o excesso de corantes e conservantes.


• Legumes e verduras devem constituir a maior parte da alimentação.


• Evite bebida alcoólica.


• Evite o repouso excessivo. Caminhe pelo menos trinta minutos por dia .


• Evite travesseiros altos.