Colesterol alto: Saiba se você está no grupo de risco
segunda-feira maio 28, 2012
“O colesterol elevado é a principal causa de doenças cardiovasculares que, por sua vez, lideram o ranking de mortalidade no Brasil e no mundo. Como exemplo, podemos destacar o acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame”, explica cardiologista Renault Ribeiro Júnior.
Ao lado da hipertensão arterial, o colesterol alto é outro fator de risco. E mais: sem sintomas, o primeiro sinal de que o nível está elevado muito vezes é o infarto. “É preciso saber que o aumento das taxas de colesterol está ligado ao estilo de vida, especialmente o observado nos centros urbanos. Indivíduos sedentários, obesos, tabagistas e aqueles que não adotam uma alimentação balanceada estão na linha de risco. Cabe destacar que há também doenças que ocasionam a elevação, como diabetes, alcoolismo, problemas renais e da tireoide”, explica o cardiologista.
Recomendações para manter o nível adequado de colesterol
As recomendações para quem deseja manter o nível adequado de colesterol são as mesmas para quem quer viver muito: não ingerir alimentos de origem animal em excesso, realizar atividade física com regularidade, manter-se dentro da faixa de peso ideal e não fumar. “De uma forma simples, é preciso evitar o consumo exagerado de ovos, carnes e leites gordurosos, além dos alimentos industrializados com grande quantidade de gordura trans”, afirma.
Engana-se quem vê o colesterol apenas como vilão. Na verdade, trata-se de uma gordura muito importante para o funcionamento do organismo. Há dois tipos: o LDL, chamado de colesterol ruim – responsável pela formação de placas que com o tempo obstruem as artérias, e o HDL – que protege o organismo. Uma pessoa pode apresentar o nível de LDL alto e não saber. Por isso é importante visitar o médico regularmente: um simples exame de sangue indica a situação do paciente e possibilita a minimização dos riscos.
Além de verificar as condições da saúde atuais, a visita ao cardiologista permite uma visão prospectiva. “É o que chamamos de Escore Framingham, avaliação que considera os riscos baixo, médio e alto para desenvolvimento de doenças cardiovasculares nos próximos dez anos. A partir dessa identificação, recomendamos medidas adequadas que incluem mudanças na alimentação, interrupção do tabagismo, combate ao sedentarismo e, se necessário, a prescrição de determinados medicamentos”, finaliza.