Diabéticos têm maior risco de desenvolver arritmias cardíacas, aponta estudo
quarta-feira maio 12, 2010
Pessoas com diabetes têm mais chances de desenvolver um problema comum no ritmo cardíaco, conhecido como fibrilação atrial, aumentando seus riscos de sofrer um infarto ou derrames, segundo estudo publicado no fim de abril no Journal of General Internal Medicine. De acordo com especialistas americanos, esse risco é maior para aqueles que tomam, há mais tempo, medicamentos para tratar o diabetes e para aqueles com controle glicêmico ruim. Avaliando dados de 1,4 mil pessoas diagnosticadas com fibrilação atrial e 2,2 mil sem a arritmia cardíaca, os pesquisadores descobriram que 18% daqueles com o problema cardíaco estavam tomando medicamentos para diabetes, contra 14% do grupo de pessoas saudáveis – o que indicaria um risco de fibrilação atrial 40% maior para os diabéticos em tratamento. Além disso, quanto mais grave era o diabetes, maior a duração da doença e pior o controle da glicose, maiores seriam as chances dos pacientes terem a arritmia cardíaca. De acordo com os pesquisadores, a obesidade pode ser uma das principais explicações para a relação entre diabetes e fibrilação atrial, visto que o excesso de peso aumenta os riscos de ambas as condições. Entretanto, muitos estudos sobre essa relação não levam a obesidade em conta. “Sentimos que a literatura realmente estava em estado de incerteza”, destacou a pesquisadora Sascha Dublin, do Instituto de Pesquisas em Saúde, nos Estados Unidos. Baseados nos resultados, os especialistas destacam que os médicos que tratam os diabéticos devem estar atentos para o risco de fibrilação atrial e, se for o caso, administrar tratamentos com drogas que “afinem” o sangue, para reduzir os riscos de derrame.