40% da população “não teve tempo” de se vacinar contra o H1N1, mostra pesquisa


quinta-feira abril 22, 2010

Pesquisa feita com 1.500 pessoas e divulgada nesta terça-feira (20) pelo Ministério da Saúde revela que 40% da população alvo das primeiras três etapas da campanha afirma que “não teve tempo” para ir a um posto e receber a sua dose de vacina contra o H1N1, ou gripe suína. Até 15h30, o Ministério da Saúde havia contabilizado um total de 30 milhões de pessoas imunizadas. No momento, os postos de saúde estão recebendo crianças de seis meses a menores de 2 anos, doentes crônicos com menos de 60 anos, jovens de 20 a 29 anos e gestantes. A pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde foi realizada de 7 a 10 de abril e entrevistou, por telefone, 1.504 pessoas em todo o país, mantendo a proporção de pessoas por região, sexo, idade e renda. O medo de reação aparece em somente 7% dessa população, embora apenas 3% dos entrevistados dizem que não querem ser imunizados. Das etapas em curso, os jovens são os que registram a maior taxa entre os que alegam não ter tempo para se vacinar. Entre eles, 59% disseram ter esse tipo de dificuldade, seguidos das gestantes (41%) e doentes crônicos (29%). Na população geral, a campanha de vacinação é conhecida por mais de 99% das pessoas em todas as regiões e 82% relatam que estão bem informadas ou já tomaram a vacina. Entre eles, 89% afirmam que sabem onde há um posto de vacinação ou já se vacinaram. “A população deve ficar atenta para o calendário e não deixar para se vacinar na última hora. Garantir a sua imunização agora é a certeza de que não terá problemas maiores quando chegarmos nos meses de maior transmissão da doenças respiratórias”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O ministro reforça que há 36 mil postos abertos – garantindo um atendimento mais próximo da residência ou do trabalho das pessoas – e a vacinação é rápida. No ano passado, os 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).