Doadores de rins não têm maior mortalidade que a população geral, destacam espec


segunda-feira março 15, 2010

Um recente estudo realizado nos Estados Unidos indica que os doadores vivos de rins não morrem tão cedo quanto boa parte das pessoas pensam – o que, segundo os especialistas, pode tranquilizar os potenciais doadores e ajudar a reduzir a longa fila de espera por um órgão. Acompanhando, por 12 anos, mais de 80 mil americanos que doaram um de seus rins – frequentemente, para um familiar -, os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins notaram que o risco de morte no período seria praticamente o mesmo da população geral.


A comparação dos doadores com 9 mil não-doadores mostrou que os primeiros apresentavam uma mortalidade levemente maior nos primeiros 90 dias após a cirurgia, porém as taxas de morte desses participantes eram as mesmas ou até menores do que as dos não-doadores durante o restante do acompanhamento. Além disso, os resultados indicaram que os doadores do sexo masculino apresentam menores taxas de mortalidade em relação às mulheres no período de um ano após o procedimento.


De acordo com os pesquisadores, há cerca de 80 mil americanos na fila de espera por um rim – situação que não difere muito do problema enfrentado pelos brasileiros. E as estatísticas indicam que são realizados, nos Estados Unidos, cerca de 17 mil transplantes renais por ano, com 6 mil casos envolvendo doadores vivos. “Cabe à comunidade transplantada mostrar que sua vida não foi salva às custas de colocar em risco os doadores”, destacou o pesquisador Dorry Segev. “Temos mostrado que a doação de rins é segura e livre de um significativo excesso de mortalidade em longo prazo”, acrescentou