Mulheres procuram mais atendimento médico do que homens


segunda-feira março 30, 2009

Segundo estudo realizado pela Diagnósticos da América S.A. – Dasa, em 2008, as mulheres realizam mais exames do que os homens, principalmente na idade adulta. No Brasil, dados do Ministério da Saúde, no Sistema Único de Saúde – SUS apontam que a cada oito consultas ginecológicas acontece apenas uma urológica. A maior incidência na procura feminina está relacionada à prevenção do câncer de mama, o acompanhamento da idade reprodutiva e da menopausa e com cuidados com doenças coronárias e problemas hormonais.
 
Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no Santa Genoveva Complexo Hospitalar, é prova disso. “Apenas neste mês, as internações cirúrgicas femininas representaram 57% dos atendimentos, contra 43% dos homens”, apresenta Nádia Furlani, coordenadora de hotelaria do complexo hospitalar.
 
De acordo com os dados do complexo hospitalar, os procedimentos mais realizados neste período foram as cesarianas, seguidas da histerectomia (remoção cirúrgica do útero) e histeroscopia (inspeção médica da cavidade uterina através de endoscopia).
 
Estes números comprovam uma das causas apontadas pela pesquisa da Dasa de que a maior incidência de exames entre as mulheres é devido a situações especificamente femininas, como exames durante as gestações e o pré-natal. Outro motivo apontado pela pesquisa é a sobrevida do sexo feminino que é maior que a do masculino. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, elas vivem 15 anos a mais que os homens.
 
Estatísticas
 
Segundo a pesquisa, a diferença pela procura é acentuada na fase adulta, entre os 20 e 40 anos. Neste período, para cada teste realizado no sexo masculino, de 2,5 a 2,8 são efetuados em mulheres. Após os 40 anos o crescimento é constante. Na infância, quando são acompanhados pelas famílias, a proporção de meninas e meninos é igual. O início no aumento é constatado entre os 10 e 19 anos.
 
Falta de prevenção
 
A falta de prevenção, algumas vezes aliada ao preconceito, faz que os homens sejam mais afetados por algumas doenças que se identificadas na fase inicial poderiam ser tratadas, como é o caso do câncer de próstata. Dados do Ministério da Saúde revelam que no Brasil, entre 60 e 70% dos casos são diagnosticados quando a doença já está disseminada.
 
A incidência da doença é de cerca de 8% nos homens com mais de 50 anos. Por isso, as organizações de saúde recomendam que todo homem com mais de 50 anos faça visitas de rotina ao urologista para examinar a próstata. O tumor pode ser detectado através de um exame específico no sangue ou por um toque no reto.
 
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