Um ano após infarto, 20% dos pacientes ainda têm dor no peito
sexta-feira janeiro 2, 2009
Pesquisa indica que homens fumantes ou deprimidos são os mais suceptíveis.
Uma em cada cinco pessoas em recuperação depois de ataques cardíacos continua a ter dores no peito um ano após o incidente, segundo um estudo americano.
A equipe liderada pela Universidade do Colorado analisou quase dois mil pacientes e disse que as dores no peito após o infarto podem ser ligadas ao fumo ou à depressão.
Alguns dos pacientes sofrem de angina todos os dias, apesar de cirurgias para a colocação de marca-passos, segundo o estudo publicado na revista Archives of Internal Medicine.
A angina, ou dor no peito, é um sintoma comum de doenças cardíacas, e médicos dizem que alguns pacientes continuarão a senti-la após infartos, apesar dos esforços para tratar os problemas no coração.
Fumo e depressão
O objetivo do estudo, realizado com a colaboração de pesquisadores da Denver Colorado University e do Veterans Affairs Medical Center, era descobrir a extensão do problema.
Dos pacientes que responderam ao questionário do estudo, um ano após seus ataques cardíacos, 19,9% ainda tinham dores no peito e 1.2% deles sentiam dor todos os dias.
O grupo mais susceptível à angina é composto de homens jovens com marca-passos, homens fumantes ou com sintomas de depressão.
Os pesquisadores dizem que os resultados podem ajudar os médicos a monitorar pacientes em risco.
“Esse estudo nos ajuda a entender quais fatores podem levar pacientes a sentirem dor no peito um ano após um infarto”, disse um porta-voz da Fundação Britânica do Coração.
“A identificação desses fatores – por exemplo, fumo ou depressão – pode ajudar profissionais da saúde a reconhecer quais pessoas têm o risco de desenvolver o problema.”
“Serviços para essas pessoas, como ajudá-las a parar de fumar, podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e a saúde do coração ao aliviar ou prevenir a angina”, disse.