Britânico é curado de doença que o obrigava a viver em uma bolha


sexta-feira junho 6, 2008

Um menino de sete anos se tornou a primeira criança no Reino Unido a ser curada de uma rara doença genética que o obrigou a viver isolado em uma bolha de plástico durante algumas semanas, anunciou nesta quarta-feira a equipe médica que cuidou dele.

Rhys Harris foi diagnosticado como portador do mal conhecido como Nemo (“Nuclear Factor Kappa B Essential Modular”, em inglês) quando tinha três anos. Sobreviveu graças a um transplante de medula que o permitiu receber um novo sistema imunológico.

Na época, os médicos alertaram que Rhys poderia não sobreviver por muito tempo, pois a doença atinge o sistema imunológico e leva a contrair uma forma incurável de tuberculose.

Menos de 12 pessoas no Reino Unido têm a doença, que impede o bom funcionamento dos glóbulos brancos.

Os especialistas do Hospital Geral de Newcastle (nordeste da Inglaterra), no qual o menino foi atendido, admitiram hoje que não acreditavam que Rhys tivesse muitas chances de sobreviver.

No entanto, sua recuperação foi possível graças a um transplante de medula ao qual foi submetido em outubro passado, mas que representou primeiro a destruição de sua própria medula através de um tratamento de quimioterapia que o obrigou a viver em uma bolha de plástico esterilizada durante oito semanas.

“Ele está bem, mas temos que esperar um tempo até o outono antes de poder dar a ele a alta definitiva”, afirmou o pediatra Mario Abinun.

Os pais do menino, Kevin e Dawn Harris, vindos do País de Gales, decidiram mudar para Newcastle para submeter o filho ao tratamento, já que este hospital é pioneiro no assunto.